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Você provavelmente chegou aqui por causa de uma notícia.
"Dev Samurai fechou." "Felipe liberou todos os cursos de graça." "Corre lá pra baixar."
É verdade. Mas deixa eu te contar a história completa.
No final de 2024, eu encerrei a Dev Samurai. Depois de 7 anos, 27.500 alunos e R$ 4 milhões em vendas, decidi parar.
Por quê?
Vi o mercado mudando. A IA acelerando tudo. O modelo de "curso de programação online" ficando saturado. Decidi sair antes de virar mais um.
Mas tinha outra coisa: eu queria fazer diferente. Sete anos de lançamento, funil, campanha. Funciona — mas eu queria voltar pra algo que fazia mais sentido pra mim.
Quando parei, liberei todo o conteúdo de graça. Virou notícia. Viralizou.
Muita gente achou que era jogada de marketing. Outros acharam que eu tinha quebrado. Alguns acharam que eu tinha surtado.
A real: foi decisão estratégica com vontade genuína de mudar. E sim, teve um pouco de impulsividade também. Mas eu chego nisso já já.
Pra entender o que eu quis fazer, você precisa saber de onde eu venho.
De onde eu venho
Eu aprendi a programar sozinho, no interior de São Paulo, numa zona rural.
Não tinha internet. Não tinha professor. Não tinha curso.
Tinha um computador de segunda mão, um livro velho de MS-DOS 5.0, e eu.
A descoberta veio por acidente: um arquivo chamado GORILLA.BAS.
Se você é da minha geração, talvez lembre. Era um joguinho que vinha de demo no QBasic — dois gorilas em cima de prédios, jogando bananas explosivas um no outro. Gráficos ridículos, física de padaria.
Mas o código era aberto. Dava pra ler. Dava pra mexer.
Eu passei horas tentando entender como aquilo funcionava. Mudava um número, rodava, via o que acontecia. Quebrava tudo, tentava consertar. Não tinha ninguém pra perguntar. Era eu, o código, e a teimosia.
Foi ali que eu entendi: programar é isso. Você olha pra uma coisa que funciona, abre, tenta entender, quebra, conserta, melhora. Repete.
Eu não aprendi a programar porque tive oportunidade. Aprendi porque não conseguia parar até entender.
Anos depois, em 1999, entrei no INPE — o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Com 19 anos, eu estava construindo hardware do zero pra testar comunicação com satélites. Linux, C++, drivers de kernel. Coisas que a maioria dos programadores nunca vai tocar.
Naquela época, não existia curso online. Não existia YouTube. Não existia "comunidade de Discord com 50 mil membros".
Existia IRC. Fórum. Lista de email. E uma cultura que hoje parece de outro planeta:
O cara que sabia mais ensinava o cara que sabia menos. De graça. Porque sim.
Não tinha monetização. Não tinha "estratégia de conteúdo". Não tinha funil.
Tinha um nerd às 3h da manhã respondendo dúvida de desconhecido num fórum, só porque ele lembrava de quando ele era o desconhecido com dúvida.
Eu lembrava. Eu era o moleque do interior com o livro velho e o GORILLA.BAS. Cada pessoa que me ajudou num fórum estava pagando pra frente algo que alguém tinha feito por ela. E eu queria fazer o mesmo.
Essa era a cultura hacker original. Não o hacker de filme, que invade banco de dados. O hacker real: o cara obcecado por entender como as coisas funcionam e generoso o suficiente pra compartilhar o que descobre.
"Information wants to be free" não era slogan. Era princípio.
Anos depois, eu li "A Catedral e o Bazar" e entendi que aquilo tinha nome: open source.
Li a biografia do Linus Torvalds — o cara que criou o Linux — só por prazer. Tenho até hoje um livro de Linux Device Programming na estante, página marcada, anotado.
Linus é meu herói. Não porque ele é famoso. Porque ele provou que um cara sozinho, teimoso, generoso com código, podia mudar o mundo. Sem lançamento, sem funil, sem marketing. Só o trabalho, aberto pra quem quisesse ver.
Hoje, mais de 90% dos servidores do mundo rodam Linux. Seu celular roda Linux. A internet inteira roda em Linux. Tudo começou com um cara compartilhando código num fórum.
Aquele era meu mundo. Ainda é.
Aí veio a profissionalização.
Curso online. Infoproduto. Lançamento. Funil. Escassez. Urgência.
O conhecimento virou produto. A comunidade virou audiência. O nerd virou "creator".
Não estou dizendo que é errado ganhar dinheiro ensinando. Eu fiz isso por 7 anos. Vou continuar fazendo.
Mas em algum momento, o modelo engoliu a cultura.
O "vendedor de curso" de hoje não lembra em nada o cara do fórum às 3h da manhã. Não lembra em nada o Linus compartilhando o kernel no Usenet.
O Programar do Zero é minha tentativa de resgatar isso.
Não é nostalgia. Não quero voltar pra 1999. IRC era horrível, a internet caía, levava 40 minutos pra baixar um MP3.
Mas os valores daquela época — generosidade real, conhecimento aberto, comunidade de verdade — esses eu quero trazer de volta.
E talvez, em algum lugar do interior do Brasil, tenha um moleque hoje na mesma situação que eu estava. Sem internet boa, sem dinheiro pra curso, só com vontade de aprender.
Esse conteúdo é pra ele também.
Como meu cérebro funciona
Deixa eu te contar uma coisa que pouca gente sabe.
Eu tenho um grau leve de autismo. TEA — Transtorno do Espectro Autista.
Junto com isso, um QI medido de 130 — o que me coloca no que os psicólogos chamam de "superdotado". Parece elogio, mas na prática é só uma configuração diferente de cérebro. Vem com vantagens e com custos.
Entre 2004 e 2006, fiz o curso Prandiano de Matemática Aplicada — um dos mais rigorosos do Brasil — e completei todos os módulos. Cálculo, estatística, pesquisa operacional, cálculo vetorial. Não porque eu precisava. Porque meu cérebro não me deixava parar até terminar.
A vantagem: eu aprendo rápido, conecto padrões que outras pessoas não veem, e consigo ficar focado num problema por horas sem perceber o tempo passar.
O custo: impulsividade, dificuldade com coisas que pra maioria das pessoas são simples, e uma tendência a tomar decisões que parecem loucura vista de fora.
Como fechar uma empresa de R$ 4 milhões de faturamento e liberar tudo de graça.
Ou passar 11 anos construindo um SaaS.
Ou trocar de direção quando todo mundo acha que você deveria ficar quieto.
Por muito tempo eu não entendia esse padrão. Achava que era só "jeito de nerd". Hoje eu sei: é literalmente como meu cérebro é conectado.
Isso explica muita coisa da minha trajetória:
O cara que ficava no fórum às 3h da manhã? Era eu. Não porque eu era bonzinho. Porque meu cérebro não me deixava dormir enquanto o problema não estivesse resolvido.
Os 7 anos gravando 780 aulas? Hiperfoco.
A decisão de fechar tudo e mudar? Impulsividade + convicção.
Não estou usando isso como desculpa ou como troféu. Estou te explicando quem você está ouvindo.
Eu não penso como a maioria das pessoas. Às vezes isso é uma vantagem. Às vezes atrapalha. Mas é o que me trouxe até aqui — e é o que me faz ensinar do jeito que eu ensino: com obsessão por clareza, profundidade técnica, e zero paciência pra enrolação.
Ensinar é meu ofício
Minha avó foi professora. Minha mãe foi professora. Eu sou professor.
Terceira geração.
Mas não é só herança familiar. Eu já fui professor universitário de verdade — 3 anos na ETEP, ensinando Programação Orientada a Objetos pra turmas de graduação. C#, Java, os fundamentos.
Tem gente que nasce pra construir. Outros nascem pra vender. Eu nasci pra ensinar. É o que eu sei fazer. É o que eu vou continuar fazendo.
E funciona. Já vi aluno sair do zero e faturar R$ 9.000 em um mês no Workana, criando aplicativos mobile. Vi gente que não sabia o que era variável e hoje lidera time.
A Dev Samurai era uma empresa. O Programar do Zero é um ofício.
A diferença entre o nerd do fórum e o vendedor de curso não é só o modelo de negócio. É a motivação.
O vendedor de curso começa perguntando: "O que eu consigo vender?"
O professor começa perguntando: "O que eu consigo ensinar?"
O dinheiro pode até ser o mesmo no final. Mas o caminho é completamente diferente.
O que eu acredito de verdade
Deixa eu ser direto sobre o que eu penso:
Sobre o conteúdo: as 780 aulas que eu gravei ainda funcionam. A base de programação não mudou. HTML ainda é HTML. JavaScript ainda é JavaScript. Lógica ainda é lógica.
Semana passada recebi mensagem de um aluno que entrou no Mercado Livre. Outro foi contratado pela Embraer — a mesma empresa onde eu trabalhei por 7 anos. O material tem 2, 3 anos em algumas partes — e continua colocando gente no mercado.
Sobre o mercado: sim, mudou. Está mais competitivo. IA está transformando as regras. Mas "programação morreu" é exagero. O que morreu foi a facilidade de 2020-2021, quando qualquer pessoa conseguia emprego sabendo o básico.
Sobre cursos online: a maioria promete demais e entrega de menos. O mercado inteiro funciona assim. Eu joguei esse jogo por 7 anos. Agora quero jogar diferente.
Sobre aprender de graça: dá pra aprender a programar sem pagar nada. Com meu material ou com outros. YouTube, documentação, projetos open source. O conhecimento está aí. O que falta pra maioria das pessoas é direção e consistência — não acesso.
Isso aqui não é um cemitério de conteúdo
Deixa eu adivinhar o que você está pensando:
"Beleza, Felipe. Você fechou a empresa e jogou o conteúdo antigo pra galera baixar. Daqui a 6 meses isso aqui vai estar abandonado."
Justo. É o que qualquer pessoa pensaria.
Mas não é o que vai acontecer.
O Programar do Zero não é uma liquidação. É o próximo capítulo do meu trabalho.
O que isso significa na prática:
O conteúdo base — as 780 aulas — está disponível e continua relevante. Mas o projeto não para aí.
Vou continuar gravando. Vou atualizar o que ficar defasado. Vou adicionar trilhas novas conforme a tecnologia evoluir.
Por quê? Porque esse é meu ofício. É o que três gerações da minha família fazem. E porque meu cérebro autista não me deixa abandonar projeto no meio.
E pra provar que isso não é só conversa: o conteúdo do Programar do Zero está no GitHub.
Aberto. Público. Qualquer pessoa pode ver, copiar, sugerir correção.
Não é promessa de "vou manter atualizado". É histórico de commits — você pode verificar quando foi a última mudança. Transparência total.
Vai lá, confere: github.com/programardozero
É o modelo open source aplicado a educação. O mesmo modelo que construiu o Linux, o WordPress, a internet como a gente conhece.
Se funcionou pra eles, pode funcionar pra isso aqui também.

Quem sou eu
Meu nome é Felipe Fontoura. Programo há 25 anos. Ensino há mais de 10.
A versão curta:
Engenheiro de software, professor universitário, empreendedor. Terceira geração de uma família de professoras. Autista funcional com QI de 130, tendência a hiperfoco e decisões impulsivas. Comecei programando sozinho no interior de SP, sem internet, com um livro velho de MS-DOS e o GORILLA.BAS.
A versão longa:
Comecei em 1999, no INPE, construindo hardware pra comunicação com satélites. Fui pra Embraer, onde passei 7 anos desenvolvendo sistemas pra aviação — portais técnicos, automação de manuais de aeronaves, arquitetura de clusters Linux. Hoje, ex-alunos meus trabalham lá.
Em paralelo, criei um SaaS de delivery que rodou por 11 anos e processou mais de US$ 18 milhões em pedidos na América Latina.
Fui professor universitário por 3 anos, ensinando Programação Orientada a Objetos.
Em 2016, criei a Dev Samurai. Nos 7 anos seguintes, gravei mais de 200 horas de vídeo e ensinei 27.500 pessoas a programar. Muitas hoje trabalham em empresas como iFood, Nubank, Mercado Livre, Embraer, e dezenas de outras.
Recentemente, fui Tech Lead na TUI — maior empresa de turismo da Europa — liderando times remotos que mantêm sistemas de checkout processando transações de todos os continentes.
Não sou influenciador que aprendeu a programar pra vender curso.
Sou engenheiro de software e professor — formado na cultura do fórum, do IRC, do open source. Construí coisas reais. Ensinei gente real. Ainda escrevo código toda semana.
INPE • Embraer • TUI • ETEP • 27.500 alunos • 25 anos de código
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Depois disso, vou te mandar algumas mensagens ao longo das próximas semanas com dicas e direção. Sem spam, sem enrolação.
A Dev Samurai foi um capítulo. Bom enquanto durou.
O Programar do Zero é o próximo. Menos marketing, mais ensino. Menos funil, mais ofício. Menos vendedor de curso, mais nerd do fórum. Menos catedral, mais bazar.
É o que minha avó fez. É o que minha mãe fez. É o que meu cérebro não me deixa parar de fazer.
E se em algum lugar tiver um moleque igual eu era — sem internet, sem dinheiro, só com vontade — esse conteúdo é pra ele.
Espero que seja útil pra você.
— Felipe Fontoura
PS: Se você leu até aqui, provavelmente é o tipo de pessoa que eu gostaria de ter como aluno. Os apressados já saíram faz tempo. Bem-vindo.